A turma do 7º ano A, sob comando das professoras Eliane e Marcela, apresentou um belíssimo trabalho sobre a importância da doação de sangue e órgãos. Doar sangue é o maior gesto de amor ao próximo que podemos realizar!
O sangue é o principal transportador de substâncias para os órgãos e tecidos do corpo, e nele também se concentra grande parte das informações imunológicas que oferecem defesa natural ao organismo – por isso, a transfusão de sangue é de extrema importância para salvar a vida de pessoas que passaram por intensa perda sanguínea. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o percentual de doadores de sangue em um país corresponda de 3,5% a 5% de sua população total. Entretanto, o índice de doadores regulares no Brasil não ultrapassa os 2%.
Uma única doação de sangue carrega o poder de salvar outras 4 vidas em situação de risco, pois o material coletado é separado em diferentes hemocomponentes (concentrado de plaquetas, concentrado de hemácias, plasma e crioprecipitado) que podem ser utilizados para tratar diferentes quadros clínicos.
A transfusão sanguínea restaura o volume de sangue adequado para o organismo, melhora a capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue, tonifica a imunidade e corrige distúrbios de coagulação. Doando apenas 450 ml de sangue (padrão internacional), é possível oferecer saúde e vitalidade para muitas pessoas sem provocar deficiências ao corpo do doador. É bom para quem recebe e também para quem doa.
QUEM PODE SER AJUDADO
Sua doação representa a esperança de pessoas em condições delicadas de saúde. Vítimas de acidentes de trânsito ou de grandes queimaduras, pacientes com câncer, pessoas submetidas a cirurgias de médio e grande porte ou que passaram por hemorragias, hemofílicos e anêmicos são alguns dos beneficiados pela doação de sangue. Também é possível doar diretamente para um paciente em específico, basta comunicar seu desejo no hemocentro onde realizar a coleta. Grande parte dos pacientes hospitalizados precisará de transfusão sanguínea para prosseguir no tratamento – é necessário que o número de brasileiros doadores aumente para que todos os pacientes possam ser devidamente atendidos.
SEM RISCOS
O volume de sangue indicado pelo padrão internacional de doação (450 ml por pessoa) é muito pequeno quando comparado ao volume sanguíneo total do doador, e é reposto naturalmente pelo organismo dentro das 24h seguintes à doação. Além disso, todo o procedimento de coleta obedece a um rigoroso controle de segurança, dispondo apenas de materiais esterilizados e descartáveis. Logo, a doação de sangue é uma escolha totalmente segura, que não debilita o corpo de quem doa e que oferece riscos praticamente nulos de contaminação.
SEM CONTRAINDICAÇÕES
Existem muitos mitos sem embasamento médico que ainda impedem o crescimento da população de doadores do Brasil. Ao contrário do que é dito, doar sangue não afina o sangue e nem provoca anemia, assim como também não engrossa o sangue e nem estimula o entupimento dos vasos. A doação não engorda, não emagrece e não vicia, não oferece risco de contaminação e não deixa os doadores sem sangue suficiente em seu próprio organismo – até mesmo mulheres menstruadas podem doar! É um procedimento seguro, solidário, voluntário e espontâneo, e realização de uma doação não obriga o doador a permanecer doando por toda a vida.
QUEM PODE DOAR?
Se tornar um doador é muito simples! Basta ter entre 18 e 65 anos, pesar no mínimo 50 kg, estar devidamente alimentado e descansado e estar com documento de identificação com foto no momento da coleta.
Existem restrições definitivas – doenças transmissíveis pelo sangue como hepatite, AIDS, sífilis e doença de chagas impedem que a pessoa se torne uma doadora. Apresentar anemia, hipertensão ou febre no teste pré-doação também impedem a coleta.
Outras restrições temporárias incluem extração dentária (aguardar 72 horas para poder doar), apendicite ou hérnia (aguardar 3 meses para doar), gravidez (aguardar 90 dias – em parto normal – ou 180 dias – em cesariana – para poder doar), amamentação (aguardar 12 meses para doar), tatuagem ou maquiagem definitiva (aguardar 12 meses para doar), vacinas (cada uma possui um período específico de restrição).
Todos os aspectos de saúde do doador serão analisados na avaliação pré-doação, para garantir que seja um procedimento responsável e seguro, tanto para quem doa quanto para quem recebe o sangue doado.
A doação de órgãos também é um fator importante para salvar vidas. A atitude pode salvar vidas. Os números no Brasil já evoluíram muito, mas ainda tem o que melhorar. Ainda tem muita gente na espera por um transplante de órgãos.
O número de transplantes no Brasil vem aumentando a cada ano, mas o principal obstáculo para a efetivação de doação ainda é a recusa familiar – 44% das famílias não aceitam doar os órgãos dos parentes. Por isso é tão importante manter as campanhas de doação para aumentar o número de doadores.
Todo paciente em morte encefálica pode ter os órgãos doados. A morte encefálica é a morte do cérebro. Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos. Para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, mas é fundamental comunicar à família o desejo da doação. Os órgãos que podem ser doados por pessoas mortas são: córnea, rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas e fêmur.
Entretanto, existem órgãos que podem ser doados por pessoas vivas. São eles: rim, parte do fígado, parte do pulmão e a medula óssea. O transplante de medula óssea precisa de uma compatibilidade muito maior do que a de qualquer outro tecido ou órgão para acontecer. Não basta só ter o tipo sanguíneo, é preciso ter uma característica genética compatível.
Para ser um doador é preciso ir a um hemocentro, responder a um questionário e fornecer uma amostra de sangue. As informações vão para um registro nacional e o doador só será chamado quando houver alguém compatível precisando do transplante. A doação de medula só ocorre em vida.
Parabenizamos os nossos alunos pelo trabalho!
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