O dia 21 de julho ficou consagrado como Dia Mundial da Selfie. A data nasceu depois que, em agosto de 2013, o termo "selfiie" foi inserido no dicionário Oxford da língua inglesa, e foi definido como palavra daquele ano.
A selfie em si não é novidade. O “inventor” foi Robert Cornelius, que tirou uma foto na porta de sua loja em 1839, mesmo com o risco de não ficar satisfeito com a foto, já que a tecnologia da época era mínima. As fotos no espelho também não são novas: elas datam de 1914.
Tirar a própria foto, em muitos momentos pode ser divertido, porém pode tornar-se facilmente um péssimo hábito ou provocar acidentes sérios que podem levar a morte.
A fotografia tem por objetivo principal congelar a recordação de um determinado momento. É nesse ponto que a selfie peca: será que queremos mesmo guardar algumas recordações? Quem gostaria de ver uma foto para lembrar de um dia triste, como um velório, por exemplo? Quando a questão ultrapassa os seus limites e concerne a outras pessoas (como a família da pessoa que faleceu), é preciso parar para repensar sobre as liberdades que obtemos com a tecnologia.
Atualmente, cientistas verificaram através de pesquisas que o hábito de tirar selfies de forma constante pode dar origem à chamada "Síndrome da Selfie", que contagiou a maioria dos usuários das redes sociais, principalmente do Facebook e Instagram. Por exemplo, a pessoa faz uma selfie em uma academia, posta em suas redes e se não obtêm nenhuma curtida ou comentário, a frustração bate, podendo acarretar outros transtornos e problemas de ordem emocional. É preciso ter atenção e cuidado com os aspectos que podem se desencadear com essa prática.
Pesquisas afirmam que pessoas que usam o Facebook como !espelho social" tendem a ter uma personalidade mais insegura e narcisista. As pessoas que possuem um nível de narcisismo elevado fazem postagens frequentes com fotos de si mesmo. Em 2012, uma pesquisa mostrou que o Facebook estava incluído em 1/3 dos processos de divórcio no Reino Unido em 2011.
Estudos realizados na Universidade de Michigan comprovaram que pessoas com características mais narcisistas utilizam o Twitter como forma de ampliar o alcance de suas opiniões ao mundo. Atualmente, o Twitter é uma ferramenta de expressão das opiniões de jovens e celebridades, com foco no aumento da relevância de suas opiniões.
As redes sociais chegaram para aproximar pessoas e idéias. A sociedade precisa ficar atenta aos efeitos negativos que o uso excessivo das ferramentas pode causar, tais como:
- Déficit de atenção e hiperatividade
- Depressão
- Transtorno obsessivo-compulsivo
- Hipocondria
- Transtorno de personalidade narcisista
- Transtorno esquizoafetivo e esquizotípicas
- Dismorfia corporal
- Voyeurismo
- Vício
(De acordo com pesquisa realizada pela California State University, o uso excessivo das redes sociais pode estar conectado aos problemas psiquiátricos acima).
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